sábado, 8 de setembro de 2012

O Sonhador de Sonhos(autoretrato)

O mundo não perdoa os sonhadores, meu amigo
Não importa se os sonhos são cândidos como teu coração
A realidade nos empurra um contra o outro, e não há como correr
Por mais que queiras comer gafanhoto, tua cabeça será oferecida

O teu mundo é uma quiméra, onde só cabe a ti e a tua compaixão
Não se arrogue ao direito de reivindicaro amor, nem Jesus conseguiu
És apenas mais um, com tua insignificância sem atenção, sem câmera de tv
Nada te fará ser aquilo que és na essência, a não ser para ti mesmo.

Portanto, lamento te informar, que por mais que queiras ver o triunfo humano,
és apenas um sonhador de sonhos


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Escrendo mal, com ideias

Sempre tive mania de escrever, mesmo não me dedicando a gramática, até porque nunca a entendi de verdade,ou não quis entender. Sempre tive uma relação cabulosa com a gramática, nunca entendi certas regras, nunca entendi porque não  buscar sua própria personalidade fora das regras que não nos liberta?

Nunca aprendi gramática, sempre fui um aluno medíocre, nunca procurei ser melhor, até talvez porque não conseguia - dizem que tá ligado à fome na minha infância, a falta de alimentão básica todos os dias..Bom, pelos menos têm uma justificativa.

Desconfio que na verdade o que me deixou arredio para a língua e suas regras foi à necessidade de falar sem regras, mas ser compreensivo, mesmo usando uma linguagem muito pessoal.

Eu precisava da minha identidade nesse monobloco, tudo parece uma coisa só e sempre me apavorou, a gramática a mesma coisa, por isso o desconhecimento das regras inclusive, básicas.

Eu poderia me dedicar ao estudo das regras, mas não consigo, não me apetece de verdade, prefiro a narquia do que escrevo, abomino o quadrado.

O importante é ter ideias fora das regras, isso é o mais importante, seja em que área for, ter ideias é ter o poder da criação..
Por isso escrevo aqui, não faço questão que ninguém leia, se lêem e gostam, ótimo! Se não gostam, lamento.

Se alguém já lêu algum texto meu anterior, entenderá esse texto.

Sigo com meus erros de portugês.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Farol sem Luz

Ando incerto, ando por ai....amando, chorando, rindo..
Ando incerto, sem rodoviária, sem pódio, ando incerto, indo..
Ando sem saber o dia seguinte, o amanhecer, o entardecer, à noite..
Ando as duras penas, sem perspectiva,  sem morada certa.

Fico pensando comigo mesmo: meu Deus! Onde irei sem saber?
As pessoas me olham desconfiadas, não entendem meu caminhar.
Se pelo menos eu mesmo entendesse, poderia até compreende-las.
O fato, é que minha maldita infância me sabotou.

Que dificuldade para me adaptar, que dificuldade de chorar.
Minha mãe ficou no caminho dela, sem culpa, sem dor...
Meu pai morreu de angustia por nunca ter me conhecido de fato.
Minha tia se fora com a consciência tranquila, depois de tripudiar a minha.

O pior é que não tenho ninguém, ninguém que tome um sorvete comigo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Poesia ridicularizada.

Outro dia passando a caminho da casa da minha mãe que mora nas adjacências da Main street(rua movimentada da cidade de Vancouver), me deparei com um rapaz nos seus 27 anos, em meio àquela velocidade típica da Main - umas das principais avenidas, localizada na zona leste da cidade -, horário de rush, ônibus, carros, motos e bicicletas..voltando do trabalho..

Estava lá, àquele rapaz com o violão e um olhar fixo no primeiro andar, enquanto cantava uma velha canção dos Beatles, declarando melodicamente o seu amor a garota daquele apartamento cuja a sacada continuava vazia, apesar da porta que dava acesso aquela sacada estar aberta. Estava ele indiferente aos olhares irônicos..envolto em seu universo cheio de sentimentos e com seu olhar fixo na sacada do primeiro andar.

Parei, e comecei a observar àquela cena tão inusitada para um horário de rush, percebia às pessoas olharem de sobre salto ou ironicamente, como se ridículo fosse aquilo.

Resolvi sentar do lado oposto da calçada, fiquei ali torcendo para que àquela oculta amada aparecesse e desse pelo menos um sorriso para aquele rapaz, mostrasse o ar de sua graça para quem lhe declarava amor. Depois de meia hora ali, em pé em frente a sacada da tal amada, ele pára, com um olhar desiludido põe o violação na bolsa, e sai cabisbaxo e com olhar triste.

Me levantei da calçada a qual estava sentado do lado oposto da rua e comecei a me aproximar do prédio, quando de repente aparecem duas jovens  na sacada, riam e ironizavam o rapaz, como se forá ele o ridiculo, o personagem secundário da estoria.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cajuína, Caetano, e o 'infeliz menino' Torquato Neto


Uma rosa menina veio a minha mão
num momento em que o menino infeliz já havia partido.


Ah.. esse homem sereno que me ampara
com seus braços parternos, me faz sentir o filho que pulou no escuro.


Ah meu amigo, meu irmão, porque não tomamos o último chop?
Porque não nos trancamos nos versos na tua última noite?
Fariamos a poesia da tua inquietude, do teu exatase mas profundo,
teu transe, tuas sublimes ideias, e o universo girando em torno de ti.


Lamento em lágrimas tua partida envolto nos braços do teu pai,.
É verdade que carregamos a culpa, talvez tua própria culpa, talvez de ninguém...
À dor que nos deixaste foi teu silêncioso pleno revelado no adeus pra não mais voltar.



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sócrates a elegância do futebol

Ele simplismente flutuava com a bola, nunca vi ninguém tão elegante no gramado. Sócrates era um poeta da bola, uma beleza pros olhos de quem o assistia..

Os passes mágicos que dava, não tinha a inocência de Ronaldinho Gaucho, que ao dar um passe para um companheiro de time, entrega a direção que a bola irá seguir(olhando em outra direção mas com os pés já indicando o caminho da bola). Sócrates não, tinha a magia do gênio, convencia à todos que a bola iria em tal direção, e todos esperavam que a bola seguisse aquele caminho, mas Sócrates, o gênio craque do futebol, mudava a lógica do jogo, deixando o time adversário aberto, mudando completamente a direção da bola, só um craque é capaz de tal genialidade.

Sócrates corria de cabeça erguida, sabendo a localização de cada companheiro, sabia entrar e sair, sabia ser o capitão, o comandante da orquestra que regia, e quando fazia gol, comemorava com o punho cerrado,  mostrando a sintônia com os oprimidos

Doutor, magrão, ou simplismente Sócrates, o cisne dos campos e o colírio dos olhos oprimidos das massas que o amava.

Vida eterna!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Irá

Silêncio! Eu quero dizer o que sinto, se o que sinto não digo,
Morro entalado em mim.
Silêncio! Eu quero soltar os meus verbos, e mandar tudo pro inferno
Pra poder me curtir
Eu não, não vou me curvar às mentiras, nem a hipocrisia divina,
pra sufocar minha dor.

Estou irado com tudo, prefiro ser vagabundo, a vestir paletó
Não vou mais sufocar meus desejos, nem agir formalmente, como se eu fosse normal
Cansei de ser decente, e ter que engolir os sapos, que me aparecem de sorriso largo
pra me apunhalar por trás

Agora, tudo que quero fazer, é cantar o que der(serve às gatinhas), sorrir e chorar o que posso.